domingo, 13 de julho de 2008
sábado, 12 de julho de 2008
NÃO SOU DA PAZ
Em meio a esse quadro geral, não faltam pessoas que idealizam movimentos, cuja prática mais comum é apontar o dedo contra o Estado, omisso. Mas, esses movimentos não propõem nada, nem seus métodos são criativos e originais. Até o símbolo da paz, usado por eles, é uma cópia ridícula de uma metáfora antiga, criada pelo magnífico comediante do cinema mudo, Buster Keaton. O uso das duas mãos cruzadas, na versão desse magistral artista, significava trata-se de uma dessas organizações mafiosas. Para saber mais, basta acessar o Link, no vídeo em anexo. Divirtam-se!
http://www.youtube.com/watch?v=gYe7nwQYxYY&eurl
Esta semana que termina trouxe algumas cenas de impacto, que seriam suficientes para rever algumas das contradições que povoam a chamada “pauta Nacional”. Dentre elas, a libertação da principal refém das FARC e tudo o que veio à tona, em função desse acontecimento: a morte, estúpida, do menino João Roberto, no Rio de Janeiro; e, por último, o entra e sai da cadeia, dos figurões da política e do mundo financeiro Nacional, deixando a nu as reais ligações da Corte máxima brasileira.
Tudo já foi dito e escrito, a respeito desses três (3) episódios, porém uma certa histeria coletiva e de certos grupos, dominantes, da sociedade, acabou monopolizando o debate nacional impedindo que se tire alguma lição desses descalabros. Nem é preciso dizer que na atualidade, num tempo de grande expansão dos veículos, bem como dos instrumentos de comunicação, foi exatamente o momento em que menos os homens se entenderam, a respeito de qualquer assunto. Binômio refletir e ouvir é tão proibido, quanto foi o desejo de liberdade, até a 30 anos atrás.
Comecemos pela situação da Colômbia, que para todos, de uma maneira geral, parece ser um assunto indigesto. A produção de cocaína e a formação de cartéis, naquele país, alimentando o tráfico e o consumo de drogas, internacionalmente, têm a ver com a guerra civil que se instalou, no Rio de Janeiro, exportada, agora, para as demais cidades brasileiras. Também a morte do menino, João Roberto, é conseqüência dessa guerra, aonde não faltam “pregadores de feira livre”, pedindo pena de morte aos bandidos ou, então, a participação do exército, no combate ao crime. Os mesmos defensores desses métodos são os primeiros a sair, em passeata, ou realizando manifestação pela imprensa, condenando o Estado que aí está. Vide a tentativa de ridicularizar, o governo do Rio de Janeiro, no programa “Canal Livre”, pelos jornalistas, comprometidos em desgastar qualquer ação da União, no combate à pobreza, a miséria e ao crime. Pobre menino, pobre pai, indefeso, protestando frente às câmeras de tevê.
O escândalo financeiro exposto em praça pública é a raiz de uma situação crônica, construída desde há muito, com os olhos coniventes do Legislativo, do Judiciário e que, agora, se revela um filme sem “mocinhos nem bandidos”. Bastou um pouco da eficácia de uma polícia que, num passado não muito distante, foi aliada da repressão política para se produzir tantos escândalos. Este é o quadro.
Jair Alves - dramaturgo - São Paulo
http://www.youtube.com/watch?v=gYe7nwQYxYY&eurl
Esta semana que termina trouxe algumas cenas de impacto, que seriam suficientes para rever algumas das contradições que povoam a chamada “pauta Nacional”. Dentre elas, a libertação da principal refém das FARC e tudo o que veio à tona, em função desse acontecimento: a morte, estúpida, do menino João Roberto, no Rio de Janeiro; e, por último, o entra e sai da cadeia, dos figurões da política e do mundo financeiro Nacional, deixando a nu as reais ligações da Corte máxima brasileira.
Tudo já foi dito e escrito, a respeito desses três (3) episódios, porém uma certa histeria coletiva e de certos grupos, dominantes, da sociedade, acabou monopolizando o debate nacional impedindo que se tire alguma lição desses descalabros. Nem é preciso dizer que na atualidade, num tempo de grande expansão dos veículos, bem como dos instrumentos de comunicação, foi exatamente o momento em que menos os homens se entenderam, a respeito de qualquer assunto. Binômio refletir e ouvir é tão proibido, quanto foi o desejo de liberdade, até a 30 anos atrás.
Comecemos pela situação da Colômbia, que para todos, de uma maneira geral, parece ser um assunto indigesto. A produção de cocaína e a formação de cartéis, naquele país, alimentando o tráfico e o consumo de drogas, internacionalmente, têm a ver com a guerra civil que se instalou, no Rio de Janeiro, exportada, agora, para as demais cidades brasileiras. Também a morte do menino, João Roberto, é conseqüência dessa guerra, aonde não faltam “pregadores de feira livre”, pedindo pena de morte aos bandidos ou, então, a participação do exército, no combate ao crime. Os mesmos defensores desses métodos são os primeiros a sair, em passeata, ou realizando manifestação pela imprensa, condenando o Estado que aí está. Vide a tentativa de ridicularizar, o governo do Rio de Janeiro, no programa “Canal Livre”, pelos jornalistas, comprometidos em desgastar qualquer ação da União, no combate à pobreza, a miséria e ao crime. Pobre menino, pobre pai, indefeso, protestando frente às câmeras de tevê.
O escândalo financeiro exposto em praça pública é a raiz de uma situação crônica, construída desde há muito, com os olhos coniventes do Legislativo, do Judiciário e que, agora, se revela um filme sem “mocinhos nem bandidos”. Bastou um pouco da eficácia de uma polícia que, num passado não muito distante, foi aliada da repressão política para se produzir tantos escândalos. Este é o quadro.
Jair Alves - dramaturgo - São Paulo
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